sábado, 13 de julho de 2013

10 anos sem Jorge Martins

Como o tempo passa rápido e, muitas vezes, a gente nem se dá conta dessa velocidade. Lembro como se fosse hoje, quando Curaçá amanheceu com a triste notícia da morte de Jorge Martins dos Santos. Ele havia sido vítima de assassinato. Um crime cruel que pôs vários pontos de interrogações nas nossas cabeças.

Naquele domingo, centenas de pessoas corriam para o campo, onde hoje existem as Casas Populares, para verificarem se aquilo realmente era verdade. Confesso que me custou acreditar ao vê-lo estirado de bruços no chão. Lá estava o querido e amado Jorge com camisa vermelha, calças Jeans e sandália de couro, no meio do nada e sem vida. Como alguém pôde cometer tamanha crueldade?

Jorge fora vizinho por muitos anos quando morou na Rua Hermes Duarte Lima com a sua mãe, Dona Guiomar, já falecida. Também foi meu estagiário quando eu ainda estudava no Colégio José Amâncio Filho no ano de 1992. Era tio de um dos meus melhores amigos, Dorivan Martins. Ele animava os carnavais participando do Bloco das Virgens e divertia todos com o seu jeito irreverente. E ainda era vendedor de peças íntimas. 

Tenho arraigado na minha memória várias lembranças de Jorge, mas, sem dúvidas, tenho uma que é muito especial e que é comum a todos que o conheceram: a música “Um sonho de amor” da Banda Limão com Mel. Lembro-me até de uma pequena homenagem feita por Batista Lima num dos shows realizados em Curaçá após a tragédia. Jorge era fã incondicional do referido grupo. Na noite anterior à sua morte, ele passeava pelas ruas em seu carro escutando, talvez em volume máximo, exatamente essa música. Eu mesmo o presenciei no Bar 3A, de Toinho de Seu Pascoal, transbordado de felicidade. 

“Foi um dia tão tristonho, quando você “nos” deixou. Nossas lágrimas nos olhos nos diziam a todo tempo, nada se acabou”. E Jorge permanecerá vivo em nossas lembranças. “Vou lembrar, para sempre vou lembrar”. E muitos irão, porque pessoas assim não morrem. Como está escrito no seu santinho, “tiraram-lhe a vida, mas não acabaram com os seus sonhos de uma sociedade mais justa, humana e irmã”. Esse sonho é nosso também, por isso, permanecemos aqui “tentando superar a falta, a saudade e a solidão que esmaga 'nossos' corações”. Curaçá chora a tua ausência. 

Depois de amanhã, dia 16, Jorge completaria 47 anos. Salve, salve-o!!!!







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